Os Bebês e o terror da Água

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

do Bebê Online



Muitas crianças enfrentam a água de piscinas e do mar logo desde muito cedo e fazem de bom grado e com muita euforia. Por outro lado, há crianças que manifestam medo da água, se recusando a entrar numa piscina, por exemplo. Muitas choram, gritam e agarram ao adulto para que este não as coloque na água. O bebê ou criança começa a entrar num estado de ansiedade tal, que acaba por entrar em pânico, podendo vir a desenvolver hidrofobia. Os pais terão que contornar esta situação, contudo não deverão forçar a criança. O contato com a água terá que ser feito de forma gradual.

Diversão, não obrigação

Aprender a nadar é algo que poderá ser útil para que esse medo deixe de persistir, contudo, há que haver alguns cuidados por parte dos pais ou técnicos de natação. Não se pode forçar logo a criança a entrar na água ou molhá-la sem aviso. É importante que a criança perceba que a água é um elemento de diversão e não uma obrigação. Todos os bebês e crianças ao longo do seu processo de desenvolvimento passam por várias experiências que provocam medo. Contudo, existem aqueles que exibem fortes reações de medo ao qual não se conseguem adaptar, causando este muita angústia, ansiedade e stresse. Quando estes sintomas são severos e se prolongam durante algum tempo desenvolve uma fobia. A fobia à água denomina de 'Hidrofobia'.

Causas que conduzem à Hidrofobia

A hidrofobia existe a partir do momento que o medo da água é excessivo, tornando uma doença, e em que o sujeito se recusa entrar numa piscina, no mar e até mesmo em tomar banho. Muitas crianças têm medo do simples fato de permanecerem dentro de uma banheira. Quando o bebê ou criança tem que enfrentar o meio aquático e sente medo, manifesta a sua ansiedade e angústia através de gritos e choro compulsivo. Os pais deverão estar atentos a estes sinais para que possam ajudar a criança e, caso seja necessário, conduzi-la a uma terapia.

No início da vida, ainda na fase fetal, a familiaridade do ser humano com o meio líquido é total, devido ao intenso contacto com o líquido amniótico durante o período de gestação. Mas após o nascimento, essa relação desfaz e, com o passar do tempo, o contato com a água passa a ser algo estranho para o bebê. Muitos bebês são colocados em piscinas e adaptam com muita facilidade ao meio aquático, acabando por brincar e aprender logo a nadar, enquanto que outros, apresentam uma forte rejeição à água. É necessário termos em conta que a água não é o meio natural em que se desenvolve o ser humano, sendo considerada um elemento estranho e desconhecido para o bebê, podendo provocar nele o sentimento de medo. Este medo será, então, a primeira barreira que impede que o bebê sinta prazer e gosto em estar em contato com a água.

Poderá se dar o caso do bebê ou criança, na banheira ou piscina, ter apanhado um susto, como por exemplo, ter engolido água e ter se sentido “sufocado”. Após um episódio destes, é natural que ocorra evitamento ao meio aquático. Muitos pais, erradamente, forçam o bebê a enfrentar a água, pois julgam que desta forma ele se ambientará mais facilmente ao meio aquático. Na realidade, esta atitude só irá agravar o problema e o medo. Desta forma, o bebê poderá se tornar uma criança e um adulto traumático e, consequentemente, jamais conseguirá entrar numa piscina, num lago, num rio ou no mar.

Como ajudar a criança a enfrentar o medo da água

No caso do bebê ou criança gritar e chorar compulsivamente no momento de enfrentar a água, os pais deverão adoptar algumas estratégias de modo a minimizar o medo, até que este desapareça por completo. Estas estratégias deverão ser implementadas de forma lenta e gradual.

- Antes de mais, os pais jamais deverão subestimar o medo do bebê. Demonstre que compreende o seu medo e que o ajudará a ultrapassá-lo.

- Ajude o seu filho a enfrentar o medo da água, começando pela banheira e piscinas insufláveis. O nível de água é baixo, o que permitirá que o bebê se sente. Posteriormente passe para as outras piscinas.

- Durante o banho, ao lavar o rosto do bebê, deixe a água escorrer de forma natural para que ele se adapte, se descontraia e vá descobrindo o prazer da água

- Entre na água com o bebê e vá molhando a criança aos poucos. No início evite “atirar” água para a cara. Passe apenas a sua mão molhada no seu rosto.

- Uma vez dentro de água, vá andando devagar e não execute movimentos bruscos, caso contrário, isso irá assustar a criança.

- Não mergulhe logo o bebê. Vá mergulhando primeiro as pernas e deixe a água tocar na cintura. O medo aumenta a partir do momento que a criança sente a água acima da cintura.

- Vá utilizando brinquedos para que a criança se consiga abstrair do meio no qual está inserido, isto é, se a criança estiver entretida com os brinquedos acabará por se “esquecer” que está dentro de água.

- É aconselhável que seja sempre um dos pais a acompanhar o bebê, os pais são os seus protetores e é com eles que os bebês se sentem mais seguros.

O medo da água passa a ser num problema quando afeta o desenvolvimento normal do bebê ou criança, ou seja, quando o seu medo é excessivo e a impede de ter uma vida social normal. Nestes casos, é aconselhável que os pais procurem a ajuda de um técnico especialista.

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