Cuidado com as Praias

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Vandervan Burgos



Levar os filhos à praia implica uma logística muito grande para os pais: são as toalhas, os baldes, as pás, a bola, os brinquedos, os chapéus, os protetores, a comida, as bebidas, o chapéu de sol e/ou as práticas tendas de montar em 30 segundos e desmontar em 30 minutos. Quem não tem filhos fica impressionado com a quantidade de material que os felizes pais carregam ao longo do areal até à área escolhida que, repentinamente, se transforma num local de combate com o descarregar de toda a logística!

Mas os cansados pais ainda agora começaram: assim que “assentam arraiais”, começam as preocupações com a segurança: o Sol, as correntes fortes. É complicado ficar completamente descontraída na praia quando leva o seu filho consigo mas aqui vão alguns conselhos para aumentar a segurança desses passeios que fazem as delícias dos mais pequenos.

E Quando o sol não é Amigo

É um aviso recorrente mas nem por isso menos importante. Os cuidados na exposição ao Sol continuam sendo muitas vezes ignorados, resultando em graves complicações de saúde para si e para o seu filho. As crianças podem sofrer um golpe de calor em pouco tempo, devido à exposição da nuca ao calor intenso, o que interfere com o mecanismo de regulação da temperatura do cérebro. A situação é perigosa. A temperatura do corpo do seu filho pode subir até aos 40ºc, e em casos mais graves, pode ficar inconsciente e parar de respirar. De modo a baixar a temperatura do corpo, é preciso afastá-lo do Sol e molhá-lo com água tépida ou refrescá-lo.

A temível desidratação

Relacionada com as altas temperaturas, a desidratação é outro fator de risco que afeta particularmente as crianças. Uma vez que transpiram mais do que os adultos no tempo quente, é importante que dê várias vezes água ao seu filho ao longo do dia, mesmo que ele não peça. Frutas, água, ajudam a repor os líquidos perdidos. Reduza também a exposição ao Sol: não esforce o organismo a tentar manter hidratado enquanto “torra” ao Sol!

Os saltos para a água

Famosos entre os mais novos, os saltos olímpicos para a água, além de vistosos, são também perigosos. Acarretam acidentes de diferentes graus, indo desde os pequenos ferimentos ou fracturas, até às lesões nas vértebras cervicais, que deixam marcas irreversíveis para toda a vida. Podem dar em qualquer local: não pense que é só em rios ou quando são feitos de plataformas altas. Nas praias também acontecem: basta o nível da água baixar sem darmos conta, ou embatermos num obstáculo com que não estávamos contando. Evite este tipo de manifestação de alegria por parte dos seus filhos: é um risco desnecessário e que pode custar muito caro.

Hipotermia

A hipotermia acontece quando a temperatura corporal é inferior a 35ºC. Se for profunda, a temperatura pode chegar aos 29ºC, podendo ser fatal. A criança arrefece por estar muito tempo brincando na água fria ou por estar exposta a um tempo frio e ventoso. O corpo treme e a pele fica fria, podendo ganhar um tom azulado. É preciso vestir a criança com roupa seca e embrulhá-la em cobertores, mantendo-a quente junto a você. Pode oferecer bebidas mornas, mas não quentes. Não hesite em chamar um médico nesta situação.

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