O Teste da Orelhinha

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Vandervan Burgos

O Teste da Orelhinha ou exame de emissões otoacústicas evocadas, é o método mais moderno para constatar problemas auditivos nos recém-nascidos. O exame consiste na produção de um estímulo sonoro e na captação do seu retorno através de uma delicada sonda introduzida na orelhinha do bebê. É rápido, seguro e não provoca dores.

Um teste simples feito 48 horas após o nascimento do bebê pode detectar se ele tem algum problema auditivo e evitar problemas na fala e no aprendizado da criança. A avaliação é rápida, indolor e importante para toda a vida da pessoa.



O Efeito

O exame é feito com o bebê dormindo, em sono natural, a partir de 48 horas de vida, preferencialmente ainda no primeiro mês. A duração é de aproximadamente 10 minutos, é indolor e não apresenta contra-indicações.

O Que é: Emissões Otoacústicas

Emissões Otoacústicas são sons provenientes da cóclea após a apresentação de um estímulo sonoro.

O Exame de Emissões Otoacústicas é o mais recente método para identificação de perdas auditivas em recém-nascidos (neonatos).

Seu objetivo é detectar a ocorrência de deficiência auditiva, já que as emissões otoacústicas estão presentes em todas as orelhas funcionalmente normais. Quando existe qualquer alteração auditiva, ou seja, quando os limiares auditivos se encontram acima de 30 dBNA, elas deixam de ser observadas.

O diagnóstico após os 6 meses traz prejuízos inaceitáveis para o desenvolvimento da criança e sua relação com a família. Infelizmente, no Brasil, a idade média de diagnóstico da perda auditiva neurossensorial severa a profunda é muito tardia, em torno de 4 anos de idade .

Lembre-se de que ouvir é fundamental para o desenvolvimento da fala e da linguagem.

O Grupo de Apoio à Triagem Auditiva Neonatal Universal (Gatanu) visa aumentar a consciência coletiva para o problema da surdez na infância e a necessidade da detecção precoce.
A Importância do Exame:

A criança aprende a falar ouvindo! Quando o bebê escuta a voz da mãe ele aprende sobre o mundo e a se comunicar. Os bebês que nascem com problemas de audição necessitam de ajuda especializada ainda no primeiro ano de vida, minimizando assim prejuízos no desenvolvimento da linguagem e da fala.

Fatores de Risco para Surdez

Histórico Familiar:
Ter outros casos de surdez na família

Infecção Intrauterina:
Provocada por citomegalovírus, rubéola, sífilis, herpes genital ou toxoplasmose

Anomalias Crânio-Faciais:
Deformações que afetam a orelha e/ou o canal auditivo (p.ex.: duto fechado)

Peso inferior a 1.500 Gr. Ao nascer

Hiperbilirubinemia:
Doença que ocorre 24 horas depois do parto. O bebê fica todo amarelo por causa do aumento de uma substância chamada bilirubina. Ele precisa tomar banho de luz e fazer exosangüíneo transfusão

Medicação Ototóxicas:
Uso de antibióticos do tipo aminoclicosídeos que podem afetar o ouvido interno

Meningite Bacteriana:
A surdez é umas das conseqüências possíveis quando o bebê tem este tipo de meningite

Nota APGA menor do que 4 no primeiro minuto de nascido e menor que 6 no quinto minuto:
Todo bebê quando nasce, recebe uma nota, composta por uma avaliação que inclui muitos fatores. Agpa era o nome do médico que inventou o teste.

Ventilação Mecânica em UTI Neonatal por mais de 5 dias:
Quando o bebê teve que ficar entubado por não conseguir respirar sozinho

Sinais físicos associados a Sindrome Neurológica:
ex.: Síndrome de Down ou de Waldemburg

E Ainda

A audição começa a partir do 5º mês de gestação e se desenvolve intensamente nos primeiros meses de vida. Qualquer problema auditivo deve ser detectado ao nascer, pois os bebês que têm perda auditiva diagnosticada cedo e iniciam o tratamento até os 6 meses de idade apresentam desenvolvimento muito próximo ao de uma criança ouvinte.

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