E Quando o neném só quer colinho

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

do Bebê Online



O colo representa segurança, proteção e afeto, características fundamentais para a vinculação entre os pais e o bebê. Claro que. em função da idade, o colo terá objetivos diferentes e a decisão do dar colo ou não está também associada à solicitação, ou seja, se é iniciativa dos pais ou “pedido” pela criança. Se é uma solicitação da criança, qual o objetivo? Qual a intenção? E então, aqui sim, podemos dosear a tão difícil definição de “quantidade de colo”.

Conforme a criança deverá passar ao seu próprio quarto, entre os 4 e os 5 meses de idade, pelo fato de minimizar a sua dependência, também o colo parte do mesmo objetivo.

A mudança de quarto está associada à independência da criança e quanto mais tarde se muda, por mais difícil que seja para os pais esta transição, mais dependente a criança se torna do ambiente do quarto dos pais e será então mais difícil de se adaptar a um novo ambiente, podendo dar origem a alterações do sono durante a noite e mais solicitações ou apelos por parte da criança.

O colo é muito semelhante, nos primeiros 4 ou 5 meses. A criança precisa de colo para o seu desenvolvimento afetivo, promove a interação através do cheiro, da audição e sobretudo do toque, fundamental para a promoção do relacionamento pais-bebê. É um fato que, neste período, a criança tem colo por iniciativa dos pais, quer por necessidade, sobretudo para a amamentação, quer por intenção da criança, quando apela ao conforto e aqui o pedido de colo é solicitado na grande maioria das vezes em simultâneo com o choro, podendo este ser de fome, dor, ou apenas “pedido de conforto”.

O toque do pai

É de realçar a importância do toque a ser desenvolvido pelo pai, sobretudo para promover a qualidade da sua relação, uma vez que a mãe tende a ser a cuidadora principal nos primeiros 4 ou 5 meses, por dependência das suas necessidades básicas, como por exemplo, a amamentação.

Por vezes, os pais recebem o apelo da criança quando esta se encontra no berço, onde começa a chorar e diminui o choro assim que sente os pais a se aproximar. Aqui, criança já começa a pedir mais colo do que aquele que é favorável para o seu desenvolvimento, pois é fundamental que a criança aprenda a adormecer sozinha e, neste período, procura o tal colo para facilitar o adormecer.

Novas rotinas

A partir dos 5 meses, começa o verdadeiro teste, a mudança, o início da creche ou do afastamento dos pais por terminar a licença de maternidade. A criança poderá manifestar alterações dos padrões de sono e solicitar mais a presença dos pais, logo, mais colo.

Os pais deverão procurar dar afeto, sem interferir nas rotinas da criança. Podem estar no quarto dela até adormecer, mas não levar o berço para o seu quarto ou para a sua cama.

Depois, temos o início do gatinhar. É um novo desafio. A criança procura os pais, procura o seu colo, muitas vezes para sua proteção e segurança, uma vez que entra num novo desafio e está insegura.

O importante, mais uma vez, é dosear, por mais difícil que seja encontrar o ponto central, o equilíbrio da balança que é sempre tão difícil de gerir e até quase utópico.

De qualquer forma, a frieza emocional, o evitamento do colo não é favorável, a criança precisa de sentir o afeto dos pais e, se no momento em que ela se está a levantar porque começou a caminhar no dia anterior e precisa do apoio dos papais, não se manifesta, esta inquietação poderá ser sentida pela criança.

Falamos então num colo necessário e fundamental para o desenvolvimento infantil nos primeiros meses de vida da criança, sem deixar de proporcionar um crescimento com regras e rotinas. Falamos também no colo intencional, aquele que é pedido por qualquer razão pela criança.

O colo que é um pedido de ajuda e deve ser sempre aceite e até o colo para os pais, onde é a criança que procura confortá-los. O colo significa afeto, com significados diferentes consoante a sua etapa de desenvolvimento, mas que todos os pais sentem e adequam o seu comportamento mal começam a conhecer a sua criança.

Claro que falamos de situações generalistas, uma vez que, cada caso é um caso. De qualquer forma, o comportamento indicado será promover a independência da criança e incutir princípios e rotinas definidos pelos pais.

0 comentários:

Postar um comentário