Cesariana; Os Riscos e recuperação

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

do Bebê Online



O lado positivo de uma cesariana é que salva vidas, mas ainda assim é uma cirurgia que acarreta riscos e consequências.

Estes riscos podem dever-se à anestesia, hemorragias graves e consequente necessidade de transfusões sanguíneas, infecções, danos nos órgãos localizados perto do útero (como a bexiga), problemas de coagulação do sangue e o bloqueio de vasos sanguíneos nos pulmões com líquido amniótico, o que pode resultar na morte da mãe e/ou do bebê.

Um risco comum das cesarianas é dor crônica na zona onde foram feitas as incisões ou insensibilidade ao toque nas zonas acima ou abaixo das incisões. Surgem problemas em 10-20% dos casos, que costumam ser geralmente complicações menores.

A cesariana acarreta um risco mais alto para os bebês devido à possibilidade de contração de doenças quando comparada com partos normais. Os bebês nascidos através de cesariana são muitas vezes prematuros e, em muitos casos, também têm problemas respiratórios (o fluxo de ar que entra e sai dos pulmões está obstruído, o volume dos pulmões é reduzido, e não possuem a substância que reduz a tensão superficial dos pulmões e os ajuda a respirar).

Quanto tempo é necessário para recuperar depois de uma cesariana?

Se a cesariana for executada sem quaisquer complicações, as feridas no abdómen cicatrizam passados cinco a sete dias depois dos pontos exteriores serem removidos. Na primeira semana, as potenciais complicações são o desenvolvimento de infecções na zona das cicatrizes, contusões na cavidade abdominal e similares.

Se as feridas não cicatrizarem correctamente podem formar abcessos nos gânglios linfáticos. Os abcessos à superfície podem rebentar e libertar pus, mesmo que as feridas pareçam estar cicatrizadas. Se os abcessos não rebentarem sozinhos, terão que ser drenados cirurgicamente.

É aconselhável não esforçar os músculos abdominais durante as primeiras seis semanas. Em todo o caso, as mães que façam cesariana podem cuidar dos seus bebês da mesma maneira que as restantes mães.

As feridas cicatrizam normalmente passadas seis semanas, mas pode demorar mais tempo a sarar, variando de mulher para mulher. É inevitável ficar com cicatrizes depois de uma cesariana. Algumas mulheres apresentam cicatrizes praticamente invisíveis, enquanto outras ficam com cicatrizes mais espessas do que o normal, afectando o aspecto do abdomen.

Amamentar depois de uma cesariana não deverá ser problemático. Em regra, a cesariana é executada em circunstâncias específicas, como parto prematuro, caso a mãe ou o bebê estejam em risco de vida. Neste caso, a mãe e o bebê são separados depois do nascimento porque o bebê necessita de cuidados intensivos, que podem provocar ansiedade emocional na mãe.

Antes dizia que depois de se fazer uma cesariana, seria sempre necessário dar à luz através de cesariana. No passado, a cesariana era predominantemente executada com uma incisão vertical na parte de baixo do abdomen e do útero.

Hoje em dia, é mais comum ser feita uma incisão horizontal na parte de baixo do abdomen e do útero, e por isso o útero é menos danificado e cicatriza mais rapidamente depois da cirurgia, sendo por isso mais fácil que a mulher possa ter contracções da próxima vez que der à luz.

A mulher que já tenha feito uma cesariana deve escolher o método mais seguro e adequado e esta decisão deve ser tomada em conjunto com o seu parceiro e com o obstetra, de acordo com a análise dos riscos inerentes a ambos os métodos.

Uma cesariana é frequentemente seguida por frequentes hospitalizações depois do parto, infertilidade e laceração do útero no próximo parto. É sempre melhor que o parto seja natural, mas se isso não for possível, uma cesariana pode ser a única possibilidade de salvar a vida da mãe e do seu filho.

Apesar de ter feito anteriormente uma cesariana, a mulher pode fazer um parto vaginal, se não houver razão para que seja executada uma cesariana. Na prática, o número limite de cesarianas seguidas é mais ou menos três, mas algumas mulheres fizeram quatro, cinco ou mais cesarianas. Apesar disso, qualquer gravidez depois da terceira operação aumenta o risco de laceração do útero durante o parto vaginal ou nas semanas que o antecedem. Em alguns países, as mulheres são aconselhadas a fazerem uma esterilização depois da terceira cesariana, mas a decisão é sempre da mulher.

0 comentários:

Postar um comentário